Resenha - Desapaixonante, de Marvin Cross



Autor: Marvin Cross
Editora: Independente
Ano: 2016
Número de páginas: 118
Onde comprar: Desapaixonante
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Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
Resenhista: Ariela Oliveira

Sinopse: Desapaixonante - 1ª temporada é o primeiro volume de uma websérie literária sobre o casal de amigos Sávio e Milena que comandam uma agência especializada em ajudar as pessoas a se desapaixonarem. Sempre narrados de acordo com os pontos de vista de um dos protagonistas, os episódios são sempre repletos de humor, sarcasmo, críticas à sociedade moderna e muitas referências a músicas e cultura pop. Uma história para rir e desestressar.

“Quando você não faz na vida o que deve, a vida faz por você do jeito dela.”

Resenha: Quando me deparei com a capa de “Desapaixonante” e o próprio título do livro, imaginei que fosse uma história em que personagens frios e “sem coração” destroem o amor de outras pessoas sem o mínimo de dose de culpa. Sinto-me muito feliz em admitir que estava errada e que a história superou minhas expectativas.
            Sávio Miranda tem vinte e oito anos e era estudante de Ciências da Computação, até que resolveu trancar o curso. Milena Kerber tem a mesma idade de Sávio e é formada em psicologia. Juntos os dois amigos são donos da ANNA, Agência do Negócio Nada Apaixonante, empresa que funciona como um cupido ao contrário a fim de fazer as pessoas se desapaixonarem umas das outras.
            Cada capítulo do livro apresenta clientes que buscaram a ANNA a fim de esquecerem suas paixões e como Sávio ou Milena agiram para solucionar cada caso. Conhecemos, por exemplo, Jéssica que se apaixonou por Romualdo o namorado de sua melhor amiga, ou Maitê que quer esquecer Àtila Gonzalez, seu atual namorado.
            Meu preferido foi o de “Julinho Cowboy” cantor sertanejo que encanta suas fãs. No caso em questão ele era o objeto de paixão de uma garota de quatorze anos e que precisava ser esquecido. Dei boas risadas com os capítulos do livro que falaram desse personagem e tivemos grandes revelações sobre o verdadeiro caráter dele o que gerou grandes críticas da nossa sociedade a fim de nos fazer refletir.

“A ANNA não trabalha para extirpar o amor do coração, mas para deixar o coração respirar mais leve.”

            O Sávio é inteligente, bastante antissocial e solta algumas piadas muito divertidas, ele passa por diversas situações complicadas ajudando os clientes e isso torna a história ainda mais engraçada.

“A minha antissociabilidade é como um bicho de estimação feroz que eu tenho que guardar em dia que a casa fica cheia, para não incomodar as visitas.”

            Minha personagem preferida acabou sendo a Milena, com seu jeito ousado e corajoso ela fala o que é preciso sem rodeios, dando um choque de realidade em todos ao seu redor. Além de ter muita personalidade com suas madeixas azuis.

“Ás vezes é só falta de uns bons tapas.”, esta é Milena sendo Milena, surpreendentemente cortante como uma navalha numa noite escura.”

            O casal de amigos se dá bem juntos e eles garantem que vão e devem ficar somente em uma relação de amizade, mas sinceramente estou torcendo para que eles fiquem juntos embora isso seja contra os mandamentos da ANNA.
            A primeira temporada de “Desapaixonante” possui onze capítulos mesclando a narrativa dos protagonistas e deixa um questionamento no final que serve como gancho para o desenrolar da segunda temporada. A narrativa é rápida, com muitas doses de humor e por ser uma “websérie literária” é um livro super rápido para se ler, podendo ser concluído em um dia. Recomendo muito a leitura desse livro, ele cumpre sua proposta de fazer o leitor rir e desestressar.

“Ora, compartilhar um pouco do que sabemos com o resto do mundo não vai nos deixar mais pobres. E eu sou da opinião de que, se você tem um dom, parte dele precisa ser compartilhado sem que você espere retorno financeiro.”


                    Conheça o autor:

Marvin Cross é o nome de escritor usado por Marcos Vinícius Borges da Silva, um maranhense de 31 anos que reside no Amapá há mais de 20 anos. Formado em Letras, Marvin atua como professor de inglês e desde os 13 escreve textos que vão de poesia, contos a romances. Lançou um livro de poesia evangélica em 2013 e, em 2015, iniciou a série literária Desapaixonante, com previsão de conclusão até o final de 2017. Marvin é casado, tem um cachorro, adora ler, escrever, ver séries e filmes e acompanhar canais no Youtube. 

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Resenha - Louco amor de fã, de Sheila Lima Wing



Autora: Sheila Lima Wing
Editora: Independente
Ano: 2017
Número de páginas: 127
Onde comprar: Louco amor de fã
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
Resenhista: Ariela Oliveira


Sinopse: Imagine o que aconteceria se seu maior ídolo passasse um fim de semana na sua casa... tentador, não? Eu não pensava assim.
     Se já não bastasse uma família que não me compreende, de repente surgiu a difícil tarefa de manter minha melhor amiga longe de uma desilusão amorosa com seu cantor favorito, uma confusão que acabou reacendendo sentimentos que há muito tentava esconder de todos. Essa coisa de ser fã é difícil demais, com certeza não queria voltar a sofrer por alguém que nem sabe que eu existo... Que tal me acompanhar nesse romance um tanto incomum?
     "Era como se aquele louco amor de fã permanecesse vivo, pulsante, uma entidade imortal entre tantas coisas que simplesmente sumiam com o tempo".
     "Louco Amor de Fã" é uma obra YA leve e inusitada, perfeita para quem quer se apaixonar em poucas páginas!

“Seja lá qual forma de amar nos aguardasse na próxima página, agora sabia que só era preciso mergulhar mais fundo nesse romance um tanto incomum.”

Resenha: Quem nunca foi fã número um de alguém e sonhava em poder ficar perto de seu ídolo ou até mesmo que ele (a) soubesse de sua existência? A Maria das Dores da Costa Dias, ou simplesmente Madori, com seus quinze anos de idade sonhava acordada com o dia em que conheceria Teo Queiroz, um colunista de quem ela era fã incondicional apesar de não saber nem como era aparência dele, pois Teo não revelava seu rosto nem por foto.
 Madori resolve escrever uma carta para Teo e quão grande é sua surpresa quando ela recebe uma resposta de seu tão amado colunista! Finalmente Dori teria um assunto para conversar com suas irmãs que tanto implicavam com ela, mas as meninas riram dela e de seu ídolo e isso fez com que Madori blindasse seu coração contra esse amor impossível.
Já com vinte e dois anos Madori ainda tem problemas com as irmãs e sua relação com o pai não é das melhores, o que ela mais quer é juntar o dinheiro necessário para comprar a casa em que mora com a melhor amiga Lívia Magalhães e assim conquistar uma maior independência. A oportunidade de ganhar um dinheiro extra surge de uma ideia de Lívia: deixar a casa das duas à disposição de Cássio Lira, cantor sertanejo do qual Liv é grande fã e que irá fazer um show na cidade das duas amigas no fim de semana. Apesar da preocupação Madori aceita a proposta e por alguns dias acaba tendo que enfrentar um cantor convencido que chega acompanhado por Karol, uma moça um tanto quanto peculiar. Dori tenta proteger a amiga de ter seu coração partido, mas esse fim de semana promete muitas aventuras e descobertas para ela mesma.
Gostei especialmente de um trecho da história onde Madori está passando por momentos de dúvidas e incertezas e vai até uma igreja espairecer, lá um padre a tranqüiliza e acho que foi um momento lindo do livro com uma frase marcante.

“O problema de quando temos poucas estrelas no nosso universo é que quando uma delas se apaga, parece que estamos envoltos em escuridão.”

Em cada início de capítulo conhecemos frases e pequenos poemas de autores amigos da Sheila e durante a história temos sugestões de livros nacionais já que a protagonista é uma leitora voraz e não abre mão de seu Kindle. Há várias referências na história, por exemplo, a série Doctor Who, Power Rangers, o anime Naruto e até mesmo Harry Potter.
A história é narrada em primeira pessoa, a leitura flui facilmente e é um livro rápido de ser lido. Sheila conseguiu me enganar direitinho com determinado personagem e me cativou da primeira até a última página. Ela escreve muito bem e já estou com vontade de ler a trilogia “Doce sonho alado” também de sua autoria, aliás, já me considero grande fã dessa brilhante autora.
“Louco amor de fã” é um YA leve e fofo e o romance inusitado que acontece no fim da história deixa tudo divertido.

“E a vida continuava boa demais, porque meu universo estava iluminado com uma nova ‘estrela’, e agora eu sabia a importância de conservar essa luz.”


Resenha - É inverno, de Cecília Mouta



Autora:  Cecília Mouta
Editora: Chiado
Ano: 2017
Número de páginas: 346
Links para compra do livro: 
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
Resenhista: Ariela Oliveira

Sinopse: Izzy é fascinada pela neve, o inverno é sua estação do ano preferida. Todos os dias, na escola, ela se diverte com seus melhores amigos: Lil, Sam e Mat. Porém, Lil sofre de pesadelos e toda vez que os tem, algo ruim acontece em seguida.
     Naquele ano o inverno estava diferente, intenso. E, certo dia, Lil tem um pesadelo que muda completamente a vida dos quatro amigos. Os episódios seguintes levam o leitor a viver momentos emocionantes nas descobertas que Izzy faz sobre a própria vida. Até que chega o momento crucial em que ela tem que fazer uma escolha que poderá colocar um ponto final em toda a sua história até ali, inclusive na amizade com sua melhor amiga Lil.

“A verdade era que não importa se vivemos oito ou oitenta anos. A vida sempre será curta, porque sempre haverá sonhos a serem realizados, e não teremos tempo para eles.”

Resenha: Sabe aquele livro que te faz ter diversas sensações e sentimentos? “É inverno” da autora Cecília Mouta é exatamente esse livro.  
            Iniciei a leitura com uma expectativa muito grande para com esse livro e a história não me decepcionou. Confesso que no meio do livro fiquei bem perdida com determinado acontecimento, mas no decorrer das páginas tudo foi explicado e nenhum ponto da história ficou solto.
            Izabel ou simplesmente Izzy, é uma menina de oito anos prestes a comemorar seu nono aniversário, que mora com seus pais e é apaixonada pelo inverno e pela neve. Todos os dias na escola são passados ao lado de seus melhores amigos, Lil, Mat e Sam. O quarteto é inseparável e se divertem bastante juntos.
            Lílian, a Lil, tem uma característica peculiar, às vezes ela tem pesadelos e quando os tem algo ruim acontece. Em uma manhã que poderia ser normal Izzy chega à escola e percebe que sua amiga está diferente e a mesma revela que um sonho ruim é o motivo de sua tristeza e preocupação. Algo péssimo acontece na vida real e os quatro amigos são afetados de forma muito significativa por esse acontecimento. A partir daqui se eu revelar muita coisa vai acabar sendo spoiler, mas posso dizer que após o ocorrido acontece uma evolução muito grande na vida dos personagens e que muda completamente o destino deles, especialmente de Izabel.

“- Fico feliz que esteja crescendo e amadurecendo, Izzy.- Às vezes não temos escolhas, mãe – voltei a olhar pela janela. – Eu não gostaria de crescer, mas a vida não nos dá essa opção.”

            O livro é narrado em primeira pessoa pela Izzy, gostei disso porque o leitor pode entender tudo que ela está passando e sentindo. No início da história em alguns trechos descritos pela protagonista eu não conseguia imaginar ela com apenas oito anos, parecia um pouco mais madura, mas acho que a autora conseguiu desenvolver bem isso. É possível perceber na Izzy aquela fase em que a criança ainda faz alguns questionamentos “infantis”, mas ao mesmo tempo consegue entender assuntos mais complicados, mais “adultos” e tem uma sensibilidade muito grande.

“Não é porque crescemos que devíamos apagar os significados da nossa infância. Afinal, a infância era a parte da vida onde éramos mais inteiros.”

            Já comentei em outras resenhas como eu gosto quando o autor cita outro autor, livros ou músicas e a Cecília Mouta fez isso citando trechos da música “Fix you”, uma música linda e marcante da banda Coldplay.

“Lights Will guide you home and ignite your bones and i Will try to fix you
Luzes vão te guiar para casa e incendiar seus ossos e eu vou                                          tentar consertar você.”  
Escrever sobre “É inverno” é escrever sobre sensações porque como eu citei no início da resenha essa foi uma das coisas que o livro me proporcionou. Em um trecho da história os amigos estão na escola e uma tempestade se aproxima. Relâmpagos brilham no céu e todas as crianças são orientadas a permanecerem dentro da sala. Lá fora já parece noite por conta da chuva torrencial e isso deixa todos assustados, mais especialmente Lil que estava muito nervosa. Lendo esse trecho retornei ao ano de 2007, no ensino fundamental, quando um fato exatamente igual aconteceu comigo. Pareceu tudo real novamente, olhar pela janela da sala de aula e ver o céu escuro como noite e a professora pedindo para todos se acalmarem que logo a tempestade iria passar. Esse misto de sensações e lembranças foi o que mais me agradou e marcou.

“[...] mesmo triste nunca deixe de se encantar pelas coisas simples que sempre lhe encantaram antes.”

            “É inverno” tem frases lindas e marcantes. Amizade, família, a importância de aproveitar cada minuto da vida e valorizar as pessoas que estão ao nosso redor são temas muito bem retratados no decorrer da história e o final passa uma mensagem muito bonita. Mais um livro nacional que entrou pra minha lista de favoritos nesse ano

“As pessoas viviam se perdendo no futuro ou no passado e acabavam deixando a possibilidade de viver o tempo presente.”


            Conheça um pouco sobre a autora:



Cecília Mouta nasceu no interior do Estado do Rio de Janeiro, em 1993. É graduada em Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica (PUC - Rio). Além de romances, ela também se dedica a escrever roteiros, poesias e a fazer composições. Apaixonada pela música, ela toca violão e estuda piano. É a autora de "O Colecionador de Borboletas", publicado pela Novo Século em 2012.

Resenha - Meu nome é Albert!


Autor: Ronaldo Viana S.
Editora: Ágape
Ano: 2017
Número de páginas: 256
Nota: ⭐⭐⭐
Resenhista: Kaah Mayer
  
Sinopse: Pessoas são diferentes. Pessoas são únicas. Pessoas têm nome e, neste livro, o nome Albert poderia ser substituído por John, Dimitri, Sarah, Giulia, poderia até ser Kurt ou qualquer outro. Poderia ser o seu, poderia ser o meu. Lendo este livro, é possível que você ria com Albert, que chore com ele. E é bem possível que você o ame. Talvez você se veja nesse garoto e queira entrar nas páginas desta obra e defendê-lo - ou defender-se - de seus agressores. Meu nome é Albert! é uma obra baseada em fatos reais. Nela o autor reviveu a própria história e a de milhares de pessoas ao redor do mundo, talvez até a sua. Uma história que é vivida por muitos, mas que não deveria pertencer a ninguém.

  Resenha: "Perfeição". Ninguém é perfeito... todos sabemos disso, porém, não falo do tipo de perfeição que está pensando, falo, na verdade, do que realmente consideramos imperfeito: o ser humano. Imagine só, você com apenas três dedos na mão, três dedos anões, agora, volte 43 anos atrás, no ano de 1974, em uma cidadezinha na Alemanha, onde o preconceito era comum, esta é a história de Albert, um garoto de apenas um único amigo que ninguém conhece, além de sofrer bullying, Albert recebe agressões físicas por conta do seu problema e por ser um garoto muito esperto para seus onze anos. Albert sempre foi muito calmo, mas nem tudo são rosas na vida dele e ele acaba questionando a Deus sobre o porque tê-lo feito diferente dos outros. Apesar de todo o sofrimento Albert não revela quem é seu amigo.
     O livro foi interessante, minha primeira experiência com livros deste gênero e foi divertido poder começar com esse livro. "Meu nome é Albert!" trás a tona a vida naquela época, me deixou imaginando como tudo era e foi um livro divertido e intenso, porém a construção psicológica dos personagens é muito parecida, muitas vezes eles pareciam a mesma pessoa, porém eu pude me perder em diversas linhas deste livro, o que nas voltas e reviravoltas o deixou melhor.

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