Resenha - Sobreviventes do Caos, de Bianca Gulim




Autora: Bianca Gulim
Editora: Independente
Ano:  2016
Número de páginas: 283
Nota: ⭐⭐⭐⭐
Resenhista: Ariela Oliveira


Sinopse: Em um mundo distópico, no ano 2323, após ser quase dizimada por um vírus mortal e pela guerra, a raça humana tenta se reestruturar. Com poucos recursos disponíveis, a humanidade encontra-se dividida em grupos que vivem de acordo com regras impostas por seus líderes.
     Celine cresceu nesse ambiente hostil e se tornou líder dos guerreiros de seu povo após a morte de seus pais. Seu grupo se envolve em diversos conflitos e a jovem precisa tomar as decisões que julga corretas para garantir a sobrevivência de seu povo, enquanto se envolve num forte romance, do qual tenta se manter afastada.
     Aos poucos, ela descobre mais sobre as pessoas que a cercam e percebe que, quando se trata de lutar pela própria vida, poucos são previsíveis. Só os mais fortes sobrevivem, e os mais fortes normalmente são os mais cruéis. Nesse ambiente, o mais difícil é saber quem realmente está ao seu lado e quem é um traidor.
     Será Celine capaz de manter sua benevolência frente à tanta violência que a rodeia? Seu coração terá espaço para a paixão, cercado de tanto ódio?
     Prepare-se para muita adrenalina e romance nesse primeiro livro da trilogia 2323. Você vai perder o fôlego!


Resenha: No ano de 2222 um vírus letal se espalha pelos países. A morte acontece setenta e duas horas após a infecção.  Guerras acontecem e associadas à morte pela doença reduzem drasticamente a população da Terra. Os que restam tentam sobreviver e recomeçar a vida em meio ao caos.
      Já em 2323 a sociedade se reestrutura em forma de grupos que dominam determinados territórios. Cada grupo tem seus próprios líderes, guerreiros, ideais e leis. A população está dividida entre aligortes, povo da areia, fortaleza e o povo de Celine, a protagonista.
            Celine é líder dos guerreiros enquanto seu irmão Julio mantém a paz e a segurança de sua comunidade. Os dois irmãos tiveram que aprender desde muito cedo a se cuidarem sozinhos, ficaram órfãos e precisaram tomar decisões no lugar do antigo líder, o pai deles. Celine tem apenas dezenove anos e se vê com a responsabilidade de tomar atitudes que influenciam o bem-estar e a segurança de todos ao seu redor.

“Sinto um calafrio percorrer meu corpo ao lembrar que a vida de tantas pessoas está em minhas mãos. O que eu decidir traçará o futuro delas.”

            Julio decide ir até a fortaleza esclarecer que seu povo não iniciou uma guerra, mas fez uma aliança com os aligortes a fim de se protegerem do povo da areia. A fortaleza é o grupo mais desenvolvido (mas não tão confiável). Tenta promover a paz entre os demais grupos e possui tecnologias e armas avançadas quando comparado aos outros que fazem uso de ossos e dentes de animais para fabricação de flechas e facas por exemplo. Celine fica preocupada com a demora de seu irmão para voltar e percebe que Jafar, líder dos aligortes tem algum plano em mente e decide agir, já que isso envolve a segurança de seu povo.

“A fortaleza é engraçada. Diz repudiar a guerra, a violência. É a favor da paz, da harmonia entre os povos. Mas o que fazem os de lá quando alguém coloca em risco nossa paz? Matam! É uma ótima forma de repudiar a violência, punindo os infratores com a morte.”

            A história é narrada em primeira pessoa e descobrimos os fatos a partir da vida e recordações de Celine. Apesar da pouca idade ela já passou por muitas dificuldades e isso influenciou fortemente sua personalidade. Constantemente ela tem pesadelos com cenas da sua lembrança e conseguimos notar como a protagonista se sente pressionada por conta do peso das responsabilidades que ela carrega.

“Quanto mais eu aguento? Quanto mais eu preciso sofrer para desistir? As feridas não cicatrizam enquanto os cortes não param de sangrar. Meu coração é um corte aberto que não se fecha jamais.”

            É um livro com muitas cenas de ação e também romance. Algumas cenas românticas tenho que admitir que para mim foram difíceis de ler. Deixe-me explicar melhor. Celine vive um triângulo amoroso e se vê dividida entre Max, um guerreiro que viveu anos na fortaleza e Luke, fugitivo do povo da areia que salvou a sua vida. Eu estava torcendo para que Celine escolhesse ficar com o personagem que me cativou desde sua primeira aparição, mas ela escolheu o outro e fiquei um pouco decepcionada. (Estou torcendo para que ela ainda mude de ideia 😅) Tem cenas bem quentes no romance entre os personagens então a leitura não é recomendada para menores.

            Bianca Gulim consegue prender o leitor com “Sobreviventes do caos”. No fim do livro um acontecimento promove uma reviravolta e nos faz querer desesperadamente algumas respostas. Esse é o primeiro livro de uma trilogia e admito que já estou ansiosa para ler a continuação.

4 comentários

  1. Olá!!!
    Obrigada pela resenha, adorei o texto!
    Fico feliz que tenha gostado e que está esperando a sequência, que sai ainda esse ano, em dezembro.
    Um beijo!

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    1. Oi Bia, fico muito feliz e honrada por você ler minha resenha, assim que sair a continuação pode contar comigo como leitora 😍😍

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  2. Amei a resenha, fiquei com vontade de ler, ainda não conhecia o livro!
    Lindo blog, já estou seguindo :)

    http://submersa-em-palavras.blogspot.com.br/

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    1. Leia sim Monyque!! Obrigada por nos seguir aqui, bjs 😘😘

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