Resenha - Uma história incomum sobre livros e magia


Autora: Lisa Papademetriou
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 192
Nota: 5
Resenhista: Ariela
“Há pessoas que anseiam por conhecer os segredos da mágica.”

Sinopse: 

Duas meninas encontram um livro mágico e cada uma se vê envolvida numa história que parece ser contada sozinha.    
Kai chega ao Texas para visitar sua tia-avó Lavinia – uma senhora extravagante, durona e fã de hip-hop. Do outro lado do mundo, no Paquistão, Leila deseja ser tratada como uma princesa pela família de seu pai e viver fortes emoções.     Elas só não fazem ideia de que seus mundos completamente diferentes estão prestes a se chocar graças a um enigmático livro em branco.     Quando Kai escreve no livro, suas palavras magicamente aparecem no exemplar de Leila. As meninas então percebem que O cadáver excêntrico reage a cada frase acrescentada – não importa se foi inspirada pelo ataque de um chihuahua ou por um mal-entendido com uma cabra – com um trecho da história de amor vivida por Ralph Flabbergast e Edwina Pickle mais de cinquenta anos antes.     Uma história incomum sobre livros e magia entrelaça essas três perspectivas – de Kai, Leila e Ralph – de uma forma divertida e emocionante. É uma narrativa mágica sobre o destino e os laços invisíveis que nos ligam uns aos outros.

Resenha:  

Lisa Papademetriou nos propõe uma história “incomum” nesse livro e consegue alcançar seu objetivo. Em uma nota nas primeiras páginas a autora nos conta um pouco sobre ela mesma e sua relação com os livros, até mesmo um livro que ela diz ser “mágico”, herança de seu bisavô.
A história é narrada em terceira pessoa e temos o narrador sempre presente com seus palpites a respeito da história. Ele ou ela conversa com o leitor de uma forma simples e direta, um fato que me agradou nesse livro. Somos  apresentados a Kai e Leila, ambas não se conhecem, mas tem suas vidas entrelaçadas de alguma forma. Kai vai para o Texas visitar sua tia-avó Lavínia, uma senhora de 87 anos “frágil como um tanque de guerra”. Leila viaja para o Paquistão na esperança de viver grandes aventuras como Elizabeth Amada, protagonista de sua série de livros preferida.
Kai toca violino, tem dificuldades para fazer amizades e baixa autoestima. Sua viajem até a casa de Lavínia é algo muito diferente em sua vida já que sua mãe raramente a deixa sair sozinha ao contrário da tia-avó que prefere deixá-la passear e viver suas próprias experiências. Em um “passeio” ao supermercado, após um incidente com um chihuahua Kai conhece Doodle uma menina apaixonada por borboletas e mariposas e as duas acabam criando fortes laços de amizade.
"Não sabia que, às vezes, encontrar um amigo de verdade pode nos fazer perceber melhor a solidão que há na nossa vida até aquele momento."
Leila também tem problemas de baixa autoestima, sempre vivendo a sombra da irmã Nadia, que apesar de ser mais nova se destaca na escola e em seus projetos pessoais. Leila não fala urdu, a língua oficial do Paquistão então sente um pouco de dificuldade para se comunicar com seus tios e primos.
Ambas protagonistas encontram um exemplar de “O cadáver excêntrico”, livro de Ralph T. Flabbergast com letras douradas na capa e páginas em branco. O livro magicamente permite que o que uma das meninas escreva chegue até o exemplar da outra e as apresenta a vida de Ralph, jovem encantador que se apaixona perdidamente por Edwina Pickle.
Os personagens secundários também são muito bem desenvolvidos como a tia-avó Lavinia que apesar dos oitenta e sete anos se diverte como uma jovem; Doodle a defensora de mariposas e Wile o primo fofo de Leila.
A capa ficou linda e chamativa, mesclando tons de laranja e azul. Em cada início de capítulo há o desenho do local em que estão as protagonistas, as páginas são amarelas e a fonte de um tamanho adequado, não cansando o leitor.
A autora escreve de uma forma simples e rápida e consegue nos prender nas aventuras dessa história. Minha nota para esse livro é cinco e ele entrou para minha lista de favoritos, é uma história cativante e bem desenvolvida.
“Sabia agora que toda história, até mesmo a dela, tinha sua própria magia, e tudo que devia fazer era continuar virando as páginas até o verdadeiro final feliz.”

2 comentários

  1. Que gracinha essa história, e por ser pequena deve dar pra ler em um dia. Obrigada pela resenha, adorei a dica. Beijo

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  2. Não parece ser o meu estilo literário, mesmo assim foi uma ótima resenha. Obrigada!

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